segunda-feira, 19 de julho de 2010

ECONOMIA SOLIDÁRIA?!


O capitalismo se tornou dominante há tanto tempo que tendemos a tomá-la como normal  ou natural, sendo que o capitalismo produz uma desigualdade crescente. O capitalismo é um modo de produção, cujos princípios são os direitos de propriedade individual, sendo que esta aplicação divide a sociedade em duas classes básicas: proletária e assalariada. 
Isto resulta em um resultado que é a competição e a desigualdade. Para que tivéssemos uma sociedade em que predominasse a igualdade entre todos os seus membros, seria preciso que a economia fosse solidária em vez de competitiva, sendo que isto só pode acontecer quando foi organizada igualitariamente pelos que se associam para produzir, comerciar ou poupar.
  Na empresa capitalista, os empregados ganham salários desiguais, conforme uma escala que reproduz aproximadamente o valor de cada tipo de trabalho determinado pela oferta e demanda pelo mesmo mercado de trabalho. A empresa solidária, os sócios não recebem salários, mas retiradas que variam de acordo com a receita obtida.  Os sócios decidem coletivamente, em assembléia, se as retiradas devem ser iguais ou diferenciadas. A maioria das empresas solidária adota certa desigualdade das retiradas, que acompanha o escalonamento vigente nas empresas capitalistas, mas com diferenças muito menor, particularmente entre trabalho mental e manual. O modo de ser administrada a forma capitalista (heterogestão), ou seja, administração hierárquica  e solidária, democraticamente augestão.  A heterogestão funciona sempre a procura de novas fórmulas que extrai o máximo de trabalho e eficiência. Já a autogestão se realiza quando os sócios se informam do que ocorre na empresa, e das alternativas disponíveis para a resolução de cada problema. 
O cooperativismo de consumo é a mãe de todas as cooperativas. O grande impulso para a criação da cooperativa pode ter sido a derrota de uma greve de tecelões em 1844, onde nesta adotaram uma série de princípios que depois seriam as regras primordiais para a construção do cooperativismo. O direito de todos decidirem nas decisões colocadas ; o número de membros era aberto – princípio da porta aberta; capital emprestado a cooperativa que pagaria uma taxa de juros fixa; sobras que seriam divididas;  o cooperativismo que só vende à vista; os produtos vendidos seriam puros; o empenho  na educação cooperativa; neutro em questão religioso político.

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